Aqui, há uma linha que separa o teu mundo, do meu imaginário. Aqui não há protagonistas, há protagonizados. Aqui não há espaço para políticos e suas políticas, há Pessoas que são parte do meu espaço... E quem sabe, não serás tu, seja lá quem fores, o próximo contemplado... Pedro Manaças

terça-feira, 25 de junho de 2013

Emiliana Carvalho

Hoje não vamos postar apenas uma caricatura com sua biografia por baixo, vamos entrevistar: Emiliana Carvalho, jornalista, colabora e dirige o site "Escrítica" e é cidadã da Bahia (Brasil)... Vamos saber mais sobre si agora...
Uma entrevista divertida, onde Emiliana revela os autores que mais considera, desmistifica o conceito de solidão e mantém o seu livro fechado quando se fala em projectos futuros... Ora vejam...

Manaturas: Como começou esta sua paixão pela escrita e pelo jornalismo? Já dava entrevistas à família quando era criança?
Emiliana Carvalho: (risos) Sempre tive afinidade com a Comunicação. Decidi ser jornalista aos treze anos e agora é o que sou. Quando pequena, rabiscava os cadernos, livros didáticos de minha mãe, que foi professora, e até mesmo os dicionários. Fazia de conta que estava com um microfone na mão, entrevistando alguém. Acredito que era uma tendência para o jornalismo. Quanto à escrita, apesar de ensaiar algumas letras, não me considero uma escritora, ainda. Sim, uma jornalista.

M: “Escrítica”, o site onde colabora http://www.escritica.com/, refere que é constituído por três brasileiros e dois portugueses. Quem são os outros membros e o que procuram para além do curriculum profissional dos vossos entrevistados?
E.C.: Além de colaborar com o Escrítica, com as entrevistas, eu cuido da direção dele. Fico feliz em saber que brasileiros talentosos como o cronista e dramaturgo Edmar Conceição, o poeta Pedro Sá, o minicontista Wilson Gorj e o fotógrafo e filósofo, Marcos Cesário fazem parte do quadro de colunistas do Escrítica com tamanha competência, uma competência que encontra consonância no talento dos portugueses, José António Franco (escritor e poeta que seu traço, Manaças, já reconhece), do poeta André Tomé e da jornalista Catarina Gomes. Todos eles nos iluminam com uma poética universal.
Enquanto entrevistadora, sinto-me em busca da revelação da individualidade de cada entrevistado por eles mesmos. Em 2009, lancei independentemente o livro-reportagem Retratos de Retratos, que trazia, em tom intimista, o olhar de cada um sobre si mesmo e sobre sua concepção de mundo. São entrevistas que tenho muito orgulho de ter feito, que me aproximaram de vivências completamente diferentes das minhas. E é isso o que eu continuo buscando nos novos entrevistados do Escrítica.

M: O seu site pessoal http://www.emilianacarvalho.com/ contém dois contos... Espero que sejam seus (risos). Já pensou em editar as suas histórias em livro com a colaboração de um ilustrador?
E.C.: (risos) Sim, os dois são meus. Olha, assim que eu tiver pelo menos mais dois, eu vou pensar seriamente no assunto. Quem sabe, você possa ilustrá-los com suas caricaturas?! Uma caricatura a cada dois contos?! (risos)

M: Quando escreve, é essencial o silêncio, ou não abdica de uma boa companhia ou de uma boa música? Qual a sua maior fonte de inspiração?
E.C.: Eu também não acredito que um criador consiga, realmente, criar em conjunto. Mesmo que, porventura, esteja cercado por pessoas - como deve ser o seu caso, Pedro -, há um reduto interior que apenas ele tem acesso, onde ele está só. Marcos Cesário, que é um criador por excelência, com o qual tenho compartilhado a realização de belos projetos artísticos, sempre diz isso. Por observação, sei que a criação é solitária, sempre solitária. Essa é a fonte de inspiração: a solidão.

M: Para além do jornalismo e da poesia, que outro tipo de leitura tem na sua gaveta ou estante?
E.C.: Tenho excelentes companhias. Em relação ao jornalismo, leio muito pouco porque poucos textos valem o tempo para uma leitura; “o jornalismo é ilisível”, como disse Oscar Wilde. Em relação à poesia tenho uma grande admiração pelos versos tortos de Manoel de Barros. Mas, sou apaixonada pela prosa: Anaïs Nin, Clarice Lispector, Milan Kundera, Rubem Braga, Miguel Torga, Henry Miller, José António Franco, Proust, Gonçalo M. Tavares, Montaigne... . A lista é altamente respeitável.

M: No seu mundo das letras, já alguma vez sentiu necessidade de sair e substituir por alguma outra atividade?
E.C.: Não. Até me pus a pensar em certa ocasião o que seria se não fosse jornalista, se não ficasse rondando no mundo das letras, e não consegui pensar em nada. Se tirassem de mim o que faço hoje, ficaria justamente à mercê do nada... Bem, às vezes o nada é alguma coisa (risos). Acho que eu ficaria à mercê de alguma coisa (risos).

M: Qual foi o entrevistado que até hoje mais a fascinou? E houve algum com o qual se tenha arrependido?
E.C.: Adorei todas as entrevistas que fiz, cada uma delas me deu e continua dando uma dimensão da alma humana da forma que preciso para acreditar na vida. Mas, acho que a entrevista com a sertaneja Vitalina, uma mulher de seus 90 anos, solitária, que vive afastada de tudo e que, para mim, tem uma ignorância sapiente foi uma das mais marcantes.  

M: Quais são os seus projetos futuros a curto e a longo prazo?
E.C.: Meu projeto a curto, médio e a longo prazo é quase utópico: ser sempre feliz.


"...Aquiles – sendo, como imagino, tanto mais um herói do espírito do que de armas - certamente se admiraria ao ver-me romper a escuridão dos meus olhos, sem escudo nem espada, a enfrentar sem trégua, inimigos reais e ocultos, vencíveis apenas pela lâmina afiada da imaginação e dos sentimentos. Assim, aprendo a amar o imperceptível, o falível, os rostos da vida, que se acercam sem acenar e que acordam o sentido de minha existência..."

domingo, 16 de junho de 2013

Ana Macedo

Ana Macedo faz hoje 44 anos, vibra com Heavy Metal, não abdica da sua dose diária no ginásio, gosta das imagens da Hello Kitty e é autodidata em pintura e artes plásticas. Aqui vos apresento alguns dos seus trabalhos...

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